2009-02-23

Uma pausa para conversar

Infelizmente os nossos trabalhos e preocupações aumentaram devido à doença do nosso caseiro que tem estado impossibilitado de nos dar o apoio costumeiro e por isso a nossa falta de tempo para prosseguirmos este blog.
O tempo chuvoso que se prolongou por muitas semanas foi muito bem vindo por ter ressuscitado pequenos veios de água que emergiram da terra dando-nos a alegria de tornar a ouvir pequenos riachos saltitando de pedra em pedra na descida em busca do rio.
Não sabemos ainda como orientar os imensos trabalhos do início da primavera que vão depender da saúde e disponibilidade dos nossos auxiliares. Mas, enquanto não arranjamos tempo para estar calmamente a preparar um tema para publicar neste blog, resolvemos ir dando algumas notícias deste cantinho.

Começamos por vos apresentar os novos residentes:

A Camila, uma Serra-da-Estrela bébé no dia em que a deixaram aqui

Ficámos muito preocupados porque sempre ouvimos dizer que são cães com um feitio muito independente e um bocado teimosos, sendo uma dor de cabeça durante a aprendizagem. Mas como é a primeira vez que convivemos com esta raça, vamos a ver o que nos sai na rifa :))

Na foto abaixo, agora com 3 meses já se consegue ver a sua preocupação em fazer uma boa guarda. Daqui a pouco tempo vai passar a dormir com o rebanho para se tornar numa protectora das ovelhas e principalmente dos borregos


O outro novo residente é o Tobias, um faisão prateado que tem o pomposo nome cientifico de Nycthemerus argentatus. Dizem que em cativeiro pode viver até 20 anos.


O Tobias quando está enervado ataca o tratador que já entra à defesa por saber que ele investe voando e com as patas para a frente. Mas o que mais nos diverte é um dos seus sons que consiste num gargalhar baixo e continuado que mais parece estar a gozar com todos nós

Aqui vai uma outra foto para mostrar a sua cabeça com um penteado todo moderno:


E por último o casal Afónico, sempre sorridente, de feitio calmo mas preocupados com a nova postura de Primavera, seguida de choco e evitando problemas com os gansos seus companheiros conhecidos pelo mau-feitio nesta altura do ano.



Depois de fazer esta necessária apresentação, vamos falar sobre a evolução de um dos presentes do Pai Natal:

Este ano fomos surpreendidos com 3 ofertas para produzirmos cogumelos comestíveis:
A primeira tratava-se de um saco coberto de plástico com a indicação de não lhe mexermos e apenas esperar que os cogumelos aparecessem. Passados poucos dias, apareceram 4 formações pequenas que cresciam visivelmente todos os dias até ficarem com este aspecto




São os Repolga - Pleurotus ostreatus que embora já devesssem ter sido colhidos antes de chegar a este ponto, poucas horas depois já estavam no prato...




... por terem sido passados num pouco de azeite onde se fritaram uns dentes de alho, acompanhados por couves-de Bruxelas salteadas e azeitonas da quinta. Falta o toque de cor da betterraba crua ralada, também temperada com um fio de azeite, alho picado e sumo de limão.

Como todos já sabem, o nosso contacto com cogumelos limita-se aos de lata ou congelados. Mas podem crer que foi uma enorme e agradável surpresa saborear o paladar destes (destas?) repolgas.

Ainda temos outro saco para fazer uma mistura e experimentar ter cogumelos em canteiros e ainda um outro tipo de cultivo que depois vamos fotografar os vários passos e que consiste em fazer vários furos com determinadas espessuras em troncos de carvalho e introduzir uma espécie de "buchas" cheias de esporos que são enfiadas nesses orifícios e depois esperar uns meses até aparecerem os cogumelos que neste caso serão os Flammulina velutipes e os Shitake, qualquer deles assustadores só de olhar para as fotos :))

E por último vou falar de uma tarefa que neste caso foi de minha autoria para aproveitar os dias de chuva. Estava perante uns sacos cheios de peúgas a já não merecerem o tempo que seria necessário para cobrir os inúmeros buracos com linhas que os disfarçassem. Poderia simplesmente agarrar naquilo tudo e enviar para o lixo mas de repente ocorreu-me uma forma divertida de reciclar.

Com uma tesoura abri a peúga de alto a baixo dos dois lados, formando uma tira comprida, estreita e só com uma face e depois dei um ponto ou dois para a ligar à meia seguinte também aberta e assim fui fazendo um longo “fio” de meias que fui enrolando, e passado pouco tempo já fazia tiras de camisas velhas e outros trapos:

A seguir imaginei que os meus dedos fariam o trabalho de uma agulha grande de crochet e fui passando o “fio” como se se tratasse de uma renda gigante. Ficou um tapete engraçado:




E fiz mais uma série deles, rectangulares e ovais que pus nas camas dos meus cães. Ficam pesados e a maior vantagem que têm é quando nos cansarmos deles poder dar-lhes sumiço e fazer outros novos. O trabalho mais aborrecido é abrir as peúgas e ligá-las porque depois o tapete faz-se num abrir e fechar de olhos.

E vamos terminar prometendo publicar outro post em breve.

Um abraço e um muito obrigado a todos os amigos que nos escreveram preocupados com o nosso silêncio

35 comentários:

Maria Cristina Amorim disse...

Que cachorrinha linda. Já tive um Serra da Estrela e era obediente , inteligente, e muito carinhoso. Adorava-o.Sertamente não vais ter problemas com ela.
Os cogumelos parecem «ser optimos. Já estive para comprar um desses sacos (numa loja aqui da cidade), mas tive medo de me surpreender pela negativa.
Quanto ás meias e roupa velha, uma vez fiz um "puf" gigante onde as filhotas se rebolam. Ficou muito pesado mas util.
Beijos.

Anónimo disse...

Ora bem...depois da apresentação dos vossos novos residentes, devo dizer que fiquei apaixonada pela Camila, está uma matulona!
O tapete está muito engraçado, sempre foste uma engenhoca...
Quanto aos cogumelos por mais que tente não consigo gostar deles,de forma alguma,a não ser que alguma vez os coma cozinhados por ti!
Bjs.

Anónimo disse...

Andamos silenciosos por aqui também, devendo notícias dos progressos da horta e das sementes que me enviaste.

Gostei mesmo do casal de patos, são dos meus bichos preferidos. Aqui no Brasil são muito comuns, e em alguns lugares podemos encontrar a espécie selvagem, de linda coloração negra.

Bjs!

João Roque disse...

Dos novos residentes só o Serra da Estrela me convenceu, pois aves, só à distância; e então aquele que joga ao ataque...eu fugia a sete pés.
Beijinho.

Anónimo disse...

Olá, Ana: só uma corecção: É Nycthemerus argentatus - o segundo nome do nome científico é sempre em minúscula.

É bom ler-te, apesar do tempo restrito que tenho...

Beijo

Vicky disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vicky disse...

Olá Ana, descobri seu blogue agora e fiquei encantada. Viver numa quinta e em contacto com animais e com a natureza é o sonho da minha vida. Quem sabe um dia .... Adorei ver a sua Camila (linda!), o Tobias e os outros animais. Meus parabéns pelo jeito delicioso e descontraido com que escreve o seu blogue. Visitarei esse seu cantinho mais vezes. Beijos

Vicky disse...

Olá Ana, descobri seu blogue agora e fiquei encantada. Viver numa quinta e em contacto com animais e com a natureza é o sonho da minha vida. Quem sabe um dia .... Adorei ver a sua Camila (linda!), o Tobias e os outros animais. Meus parabéns pelo jeito delicioso e descontraido com que escreve o seu blogue. Visitarei esse seu cantinho mais vezes. Beijos

Trumbuctu - diário de uma horta disse...

Olá Ana,
Que bom teres escrito sobre os cogumelos; ainda há pouco tempo andávamos a pensar em formas de criar alguns numa parte do terreno que está selvagem. Referimos-nos a essa parte como "O bosque", com árvores e já com uma camada de turfa que dá gosto olhar. Vou pesquisar, com as indicações que deste, e talvez para o ano já tenhamos Pleurotus, que são deliciosos.

A Camila é um amor!

Tongzhi disse...

Os novos habitantes são todos muito bonitos, mas a camila, para mim ganha aos pontos!
Os tapetes devem ter ficado bem engraçados. Também tenho ali um saco enorme de meias e camisas que se vão estragando. Vou ver se arranjo alguém que faça uns tapetes desses. Eu tenho muitos dos "de trapos" e gosto muito. Infelizmente para a "agulha" não tenho jeito...
É sempre tão agradável ler os teus posts!!!
Bjs

Rubi disse...

Ana

Os seus textos conseguem transportar-me para uma realidade que gostaria que fosse a minha, um dia, noutra fase da minha vida. A cuidar de plantas e animais, e perto da natureza. Fiquei fa da Camila, e linda linda. Abraco

A OUTRA disse...

Ana:

Que feliz momento este em que resolveu comentar o meu blog, deixando-me momentos tão agradáveis, ensinamentos tão ecológicos e tanta força através dele.
Fotografias lindíssimas que me dão a ideia de serem de quem... sabe fotografar muito bem.
Será sempre benvinda ao meu espaço, e quando lhe for possível apareça.
Foi um bom princípio de dia para mim.
Desejo-lhes sorte e o tempo... "á meneira" da vossa vida.
O blog é lindo mas... essas fatias de ovos... para uma gulosa compulsiva como eu... são cá uma tentação.
Os cogumelos devem ser óptimos!
Bj
Maria

Eira-Velha disse...

A Camila tem "pinta", o faisão e os patos são magníficos com arroz e os cogumelos são pavorosos. De roupa velha gosto é daquela que se faz pelo Natal... mas é bom saber que a Quinta mexe :)
As melhoras para o caseiro, que com o tempo assim é preciso fazer as sementeiras e muitas mais coisas.
Um beijinho

Paulo disse...

Muito prazer em conhecer a Camila e o Tobias. Ela parece ser simpática.

Os cogumelos também têm óptimo aspecto no prato. Há um restaurante em Coimbra que os costuma servir "aporcalhados". É assim que lhes chamam (acompanhados com enchidos).

E a tua reciclagem de trapos e meias parece-me uma ideia excelente.

Muito bem.

gintoino disse...

Bem bonita a Camila. Por cá tb andamos a contemplar a hipótese de arranjar mais um cachorro (o B já está velhote e qq dia "reforma-se"), mas ando a pender mais para o lado do Rafeiro do Alentejo. Pena q esteja aí tão longe...metia já uma cunha para um casal de gansos ;-)

teresa g. disse...

Pois é, a minha preferida também é a Camila :) E acho que ela vai adorar aquela bolinha!

Eu também já tive um saquinho daqueles em casa, que o meu irmão trouxe não sei de onde, e quando pensavamos que ele já estava esgotado lá vinha mais uma geração de cogumelos! É uma ideia muito interessante.

Em relação aos que te levantam o alcatrão, como já te respondi no cores, acho bastante estranho, acho que pelo menos não devem ser só os fungos. Há tempos reuni uma colecção de sites porque era para fazer um post sobre fungos(depois acabei por não ter tempo) vou ver se os encontro para te enviar.

Bjs

Anónimo disse...

Aprendo imenso sempre que aqui venho. Parabens pelo cuidado em partilhar experiência de vida tão rica. Obrigado. Octávio Lima (ondas3.blogs.sapo.pt)

poetaeusou . . . disse...

*
por aqui me perco,
por aqui me encontro,
daqui saio reconfortado,
aqui deixo,
as minhas conchinhas,
,
*

Oris disse...

Sabes, Ana, é sempre com muito prazer que venho visitar a tua casa.

Gostei imenso de todos os teus novos "inquilinos" e os cogumelos com ovos e chouriço devem ser uma delícia....

:))

Já deu para ver que és uma criativa...boa maneira de reciclar as peúgas, mas deves ter ficado com o dedo dorido!!!

Continuação de bom trabalho...
Boa semana.
Beijitos

Anónimo disse...

Olá Ana mais Bela
Hoje lembrei-me de, depois de ver o correio todo, vir espreitar o seu blog e conhecer melhor a Camila, que está linda !
Este nome "Camila" me veio despertar a memória para uma garota com o mesmo nome, lindíssima, e cantava lindas canções num espanhol muito saboroso, autêntica sevilhana, num pequeno conjunto com dois irmãos.
>Quanto aos seus afazeres na quinta, com tantos "adeveres" , nem tenho palavras... Só que gostei imenso !
Carinhos do
Mário

Anónimo disse...

Olá,
Espero que esteja tudo bem por aí, a norte.
Deixo um comentário pela primeira vez, mas confesso que sou uma visitante mais ou menos assídua há imenso tempo.
Mas não resisti à Camila e estou "em pulgas" para estar com ela pessoalmente. É amorosa!
Adorei a ideia do tapete. Também eu tenho peúgas para deitar fora, mas andava a pensar de que forma as poderia reutilizar.
Quanto aos cogumelos... Engraçado! Aqui no programa fizemos uma reportagem sobre essa empresa e é curioso ver o resultado junto do consumidor final.
Por fim, beijinhos para todos e até breve!

a d´almeida nunes disse...

Olá Ana
Estou aqui de passagem. O problema do tempo de vida na Terra, que não é infinito, é uma questão difícil de gerir, às vezes, e para alguns.
Os animais são mesmo de mimar! Como ficar indiferente à doçura do cachorro da Serra, do pavão ( e eu a recordar um acampamento no Fontelo, nos velhos e longínquos tempos da Mocidade Portuguesa, a acordar sobressaltado com os seus gritos nocturnos!).
Post anterior:
Já tive a experiência da queda de cedros no meu jardim. Por 2 vezes. Crescem bem, encorpam melhor, mas as raízes não se espalham nem afundam o suficiente para se aguentarem nestas terras. Mas é uma dor de alma, vê-los, derrubados, depois de uma ventania com chuva diluviana!
Um abraço.
Sou capaz de ir a Viseu para a semana, para estar com os meus irmãos (4) e os meus pais, a pretexto do 85º aniversário do meu pai Daniel. Às tantas vamos almoçar naquele restaurante para os lados do Caçador, na Quinta...ena, que não me lembro do nome!
Abraço
António

goiaba disse...

"Cheguei" hoje a este blog por aquele "caminho" que salta de uns para outros. Gostei do que li e qualquer dia "ando para trás" para saber mais. Sei que "viver no campo" pode dar muito trabalho mas sei que na próxima reencarnação(?) vou seguir esse caminho.
Abraço

Ezequiel Coelho disse...

É difícl comentar os teus "posts" (não por serem densos e disparatados, como alguns outros... ;) eheheheh), mas porque falas de tantas coisas que, por si só, dariam umas boas tardes de tertúlia...
Quero ver se em Abril... me "estico" (porque largo já estou!) até aí, para ver isso ao VIVO!!! Mas não sem antes teres passado pelo campolido-burgo!
Beijinhos e parabéns pelas bicho-aquisições!!
(as melhoras do caseiro!)

Eduardo Santos disse...

Olá amiga. A visita ao seu cantinho deixa-me sempre alguma nostalgia da vida no campo,são efeitos do mau hábito da cidade, mesmo quando é pequena. A curiosidade está na simplicidade com que descreve o quotidiano - o que por vezes até causa inveja - que vive. A Camila e o Tobias são uns felizardos, pois quando as pessoas dispensam os cuidados que a minha amiga parece dar-lhes, certamente que os animais ficam felizes. Que tudo lhe continue a correr bem,dentro do possível, claro. Saudações amigas.

Espaço do João disse...

Querida Ana.
Já faz tempo que não passo por este encantador espaço. Espero que não te zangues comigo,mas são tantos os amigos que nem sempre tenho tempo para deixar um olá. O que nos vale tem sido a troca de E-mails. Também mesmo embora com o tempo desfavorável tenho tido alguns trabalhos a que não posso dizer não. É assim a vida dos reformados, aqueles que nunca abandonam o trabalho , mesmo que tenha o suficiente para o dia a dia. Se me chamam, penso que sou desejado. Ás vezes penso para mim próprio porque não chamam outro. Não tenho coragem de dizer não. Ainda me sinto lúcido e prestável. Quando mesmo não puder mexer-me talvês já seja tarde. Recebe um forte abraço . João.

Espaço do João disse...

Comentando os Serra da Estrela.
São uns cães muito fieis. Temos de saber tratar deles e, sobrtudo nunca deixar a adrenalina subir. Eu não tenho medo nem a minha adrenalina sobe perante um cão por muito perigoso que seja. Já fui ferrado várias vezes , mas sempre por causa da adrenalina dos donos. Já tive um serra da estrela que era para ser abatido porque mordia em toda a gente. O antigo dono ficou parvo quando o levei para casa. Passados vários dias o próprio dono foi a minha casa e, tive de o prender. Já o animal não o conhecia e ladrava com uma raiva descomunal. Foi o meu ponto de glória. Um abraço João.

bettips disse...

Olá Ana (outra carinha no perfil que é tão parecida... só pode ser a filha!)
Mais uma vez (de tão longe) seguir as agruras e alegrias da Quinta, gostei, como sempre. E até já te mandei um mail sobre isso, nem sei se chegou ou não...estas nets não são 100% fiáveis. Enfim... sonhos. Adoro a cachorrinha que tem um ar tão desamparado...certo que irá ficar dócil e meiga, como me parecem vocês ser. Dos outros...também os adoro!
Um beijo e melhoras de saúde, belho que se avizinha.para o tra

bettips disse...

...para o trabalho que se avizinha... era o que escrevi e saiu gatafunhado!
Abç

Anónimo disse...

Gostei de ver a sua fotografia junto ao robôt quando visitou o Mário, pois ele já ma mandou. Oxalá o boneco funcione com a passarada. Um abraço Nogueira

Ana Ramon disse...

Olá amigos. Estou um pouco mais calma depois de ler o comentário da Pandora (que me faz sempre sorrir porque é o nome da minha cadelinha mais velhota. Gosto de saber que há pessoas que têm cães Serra da Estrela calminhos.
A Camila ainda não fez os 4 meses e já pesa 18 quilos. É um animal muito alegre e vai aprendendo a respeitar as hierarquias caninas, a bem ou a mal :))
Tenho pena que tu Maria não gostes de cogumelos. Eu gosto muito embora normalmente só coma os enlatados.
Não és só tu que andas mais caladito, Ricardo. Por aqui também andamos silenciosos mas temos que arribar porque a Primavera entrou em velocidade e temos que nos despachar para a podermos acompanhar nas tarefas.
Olha Pinguim, há dias o caseiro deixou fugir o Tobias e pensei logo que nunca mais o iriamos ver porque os faisões não fixam os locais das capoeiras e quando fogem é para nunca mais voltar (como diz a canção infantil). Mas aconteceu que para o Tobias, era mais importante dar uma coça no caseiro do que ganhar a liberdade e por isso foi andando sempre atrás dele a ver se lhe picava forte e feio e por causa dessa cegueira é que o caseiro conseguiu enganá-lo, caminhando para a capoeira e depois com uma manobra rápida fechar a porta deixando-o aprisionado de novo. Não sei que raio de desavença tem aquele animal com o caseiro que lhe dá comida todos os dias. A mim, até ao momento, ainda não se atirou mesmo quando entro na capoeira com gestos estranhos como é o pôr palha nova no chão.
Obrigada Manuel Anastácio. Já corrigi segundo a tua indicação.
Obrigada pela visita Vicky e goiaba. Não foi possível visitar os vossos blogs porque me aparece a msg de que não estou autorizada a entrar :))
Vamos a ver se tenho sorte com os tupinambos, Trumbuctu. Fiz a segunda recolha de cogumelos dos tais sacos. Temos tido tanto trabalho que ainda não preparei os canteiros, nem os troncos de carvalho para as novas experiencias.
Quanto ao Tongzhi também conheço esses tapetes feitos de trapos que são enrolados muito fininhos. Quando era miúda até usavamos cobertores feitos assim que eram pesadíssimos e não aqueciam nada. Mas estes de que falo aqui são muito mais grosseiros e não têm a beleza e o encanto desses que falas.
Rubi, ao contrário do que possa parecer à primeira vista, viver no campo sem ser em turismo, é muito stressante e dá cabo da cabeça a qualquer um. Tenho tido dias terríveis aqui com as doenças e mortes dos meus animais mais queridos, com a desolação das sementeiras que ficam estragadas com chuva intensa, granizo ou sol muito forte... já para não falar das pragas que nem sempre se conseguem travar. Mas também é verdade que se têm grandes alegrias e paixões que não se conseguem atingir quando se tem uma vida muito urbana. Mas a verdade é que prefiro viver aqui e não estou arrependida de ter feito esta opção.
À Maria, Simplesmente, fico contente pelas simpáticas palavras e espero que nos continue a visitar com alguma paciência porque demoramos um pouco a publicar novos textos :))
O caseiro melhorou um pouco e por isso tem podido adiantar as sementeiras dos novos pastos. Vamos a ver se continua assim. Obrigada pelo teu cuidado Eira-Velha.
Paulo, bem podias ter acrescentado o nome desse restaurante que serve os "cogumelos aporcalhados" (mas presumo que bem limpinhos). Como vou muitas vezes a Coimbra assim já tinha mais uma dica.
Gintoino, eu também prefiro as raças portuguesas. Nunca tive nenhum Rafeiro Alentejano mas sei que é uma das nossas maiores raças. A minha paixão vai mais para os Castro Laboreiros tendo um amigo da net que se dedica à sua divulgação e sempre me dirijo a ele quando preciso de arranjar um bom cachorro. Também esteve em vias de extinção, como sabes. Sobre os gansos, talvez com as próximas criações. É que neste momento só tenho 2 machos para 10 fêmeas e não posso vender mais nenhum. Mas se quiseres um borrego já te posso arranjar mais facilmente :))
Jardineira Aprendiz, pois vais ter uma grande surpresa com os tais cogumelos de que te falei. Muito em breve irei escrever sobre eles. Simplesmente assustadores :)
É sempre com muito prazer que recebo a visita do Octávio Lima que tendo o tempo tão ocupado ainda consegue tirar um bocadinho para nos visitar. Muito simpático da sua parte.
Ao poetaeusou agradeço e guardo todas as conchinhas que carinhosamente me oferece em cada visita.
À amiga Oris agradeço a visita que também sei ser um tempo difícil de arranjar. Quanto ao dedo, não fica nada dorido porque o trabalho é feito com a mão :))
Já sei que o Mário por causa da nossa referência à cadelinha Camila, resolveu escrever um texto sobre um amor muito antigo por uma Camila, mas uma bonita jovem que foi companheira durante o seu internamento no sanatório. É engraçado como a memória desperta com este tipo de coincidências.
Olá Sónia. Pois há muito tempo que não passam por aqui. A Camila cresce de uma forma tão urgente, que quando nos visitarem já deve estar uma matulona. Vamos a ver se vai continuar a ser pacata, como parece. Cá vos esperamos!
As-nunes, é verdade o que diz sobre os cedros. Quando este caíu tendo ficado com a raiz de fora, fiquei estupefacta ao ver a sua pequena dimensão. Nem sei como não caíu há muito mais tempo. Tenho agora dois enormes no meio de um terreno de pastagem e também estou sempre à espera de os ver derrubados no chão. Passados dias caiu também uma ameixeira, muito velhinha e cheia de flor. Senti um baque no peito quando a vi por terra. Está presa à vida apenas por uma pontinha de raiz e ainda consegue ter força para deixar os frutos se irem formando. As árvores são de uma bondade imensa.
As minhas passagens por Lisboa são sempre a correr e por isso não tenho tipo oportunidade de fazer uma visita às tuas plantas. Sim porque a ti faço de vez em quando ao passar pelo banco. Vamos a ver se passo aí uma semana de férias e depois já posso ter mais calma para a tal tertúlia de que falas.
Obrigada pelas simpáticas palavras, Eduardo Santos. Foi uma das minhas melhores opções na vida, embora muitas vezes fique bastante desalentada com as dificuldades e sofrimento. Mas de repente amanhece um dia lindo acompanhado pelo canto da passarada e abrimo-nos de novo à felicidade.
Ao João digo que sim, que a vida nos quer activos enquanto pudermos. Muitas vezes penso que desenvolvo muito mais trabalho físico do que aquele que tinha enquanto fui bancária. Sobre os Serra da Estrela, gosto de saber essas histórias para me sentir mais confortável nesta nova relação.
A foto no blog não é da filha mas da mãe quando era mais jovem. Quis pôr uma foto com uma ovelha e só encontrei essa. Mas anotei a perspicácia. O mail referido nunca chegou á minha caixa de correio. O endereço que está no blog, funciona. Mas depois, não sei porquê, fiquei com a sensação que o mail teria sido mais sonhado do que escrito... mas pode ser só uma impressão minha :) E os mails sonhados também são eficazes quando temos conhecimento deles.
Ao Prof Nogueira agradeço a visita e espero em breve poder falar sobre esse robot. Acho que desta vez é que o Mário vai conseguir resolver todas as dificuldades do seu funcionamento
Um grande beijinho para todos os amigos e mais uma vez o meu muito obrigada pela amizade

Paulo disse...

Ana,
É o "Zé Manel dos Ossos". O nome pode parecer estranho, mas é assim mesmo.
Quando lá fores, procura-o no centro. Toda a gente o conhece.

Maria Cristina Amorim disse...

Olá,
passei para te deixar um beijo, e descobri que tens uma pandora velhinha... que bom , hehehe festinhas para ela.
Beijos.

Rosa (catrineta) disse...

É um prazer ler os seus textox e as suas notícias.
Adorei conhecer a Camila e o seu faisão. A camila já deve ter crescido.
Quanto aos cogumelos, fotografei na altura do Natal, uns,com esse aspecto,que nasciam nos troncos dos choupos.Seriam da mesma qualidade?
Interessante ver agora ,uns comestíveis,primos dos nascidos no choupal junto ao rio Lena.
Mil abraços
Rosa Maria

Hazel Evangelista disse...

Que ideia tão gira!

Aqui há tempos, também reaproveitei meias - espreite este post, por favor: http://casaclaridade.blogspot.com/2008/10/lagarta-mgica.html