Cá estamos de novo depois de um atarefado fim de semana prolongado festejando o aniversário da nora e com a casa cheia da alegria dos netos. Foi uma excitação abrirmos o ninho de vespas gigantes (entretanto afogadas) que todos os miúdos quiseram fotografar dando livre curso à sua veia artística (e que vai ter direito a um post alargado quando tivermos mais informações)
Hoje de manhã estivemos finalmente a cuidar da sebe de alfazemas que abanava as hastes secas frente aos nossos olhos, desiludida com o nosso desleixo. Tinhamos muitas dúvidas se deveriamos podá-la fora de tempo ou se seria preferível deixá-la como está e esperar por Abril. A decisão final foi de não a podarmos mas cortarmos apenas as hastes feias dando-lhe um aspecto mais arranjado. A foto mostra o nosso trabalho quase concluído.
A alfazema gosta que lhe façam duas podas por ano: uma em Abril e outra em Julho depois da floração ou durante a mesma. Não se deve ter medo de cortar muito curto. Se a planta ficar entregue a ela mesma, vai-se desguarnecendo aos poucos a partir da base e quase deixa de florir. No entanto durante a poda tem que se ter o cuidado de deixar um rebento verde, porque as alfazemas não conseguem rebentar a partir da madeira seca. Com cortes regulares obtém-se uma floração muito abundante.
Iamos também falar da variedade da nossa alfazema mas ficámos perdidos perante a lista enorme e as fotos muito idênticas às 2 florinhas que insistiam em fazer a sua aparição na sebe. Vimos fotos da lavandula augustifolia, vera, dentata, hidcote e por aí fora, numa lista quase interminável e desistimos de classificar a nossa. Pelo menos por enquanto. A maior parte dos autores consultados indicam a sua origem na bacia mediterrânica. Contém até 3% de óleo essencial perfumado. Há quem a queime lentamente para perfumar a casa, quem a ponha em saquinhos também para perfumar a roupa e afastar a traça, quem ponha o óleo nos vaporizadores para acalmar a tosse, as dores de cabeça e os disturbios nervosos, quem deite umas gotinhas na almofada para dormir melhor ou num lencinho para respirar melhor, serve para afugentar insectos se se esfregar o óleo na pele descoberta. Faz parte de quase todos os Pot-pourris.
Mas também se pode usar (e era este momento que estavamos à espera mal iniciámos o texto) na confecção de bolachinhas. Foi esta receita que encontrámos no livro: Plantas e Ervas Medicinais. E reza assim:
Aquecer o forno a 180º. Bata 150 gr de manteiga com 115 gr de açúcar até ficar em creme e em seguida junte 1 ovo e torne a mexer. Adicione 170 gr de farinha e flores de alfazema. Unte um tabuleiro e distribua colheres de massa. Leve ao forno durante 15 a 20 minutos até alourarem. Servem-se as bolachinhas decoradas com folhas e flores frescas de alfazema.
Se é bom? Não fazemos ideia. Ainda não experimentámos.
6 comentários:
Mal posso esperar por uma oportunidade. Provar os bolinhos é o meu próximo objectivo ;)
Um beijinho grande
Ainda bem que a ausência foi por bons motivos. Folgo em ver-te de novo no blog. Quanto às explicações sobre as podas da alfazema são muito úteis. Já tentei semear, mas não resultou. Vou tentar de novo. Espero que as bolachinhas tenham ficado boas.
Um beijo
Lá terei que fazer as bolachinhas para poder responder aos meus amigos e dar a provar às meninas gulosas :))) Sobre a alfazema também tentei semear e não nasceu nada. O ideal é pedires a alguém para te dar umas estacas que não estejam muito lenhosas ou que pelo menos tenham uns rebentinhos com aspecto saudável. Um beijinho para as duas
Olá
A Leonor TobbacK disse mesmo isto????
Eu também fico à espera para provar os bolinhos.
Bjs.
Obrigada pela dica sobre a alfazema.
Quanto aos bolinhos, pelos vistos, estás em vias de arranjar uma série de clientela!...
bjs
ola, tb sou de viseu... e queria fazer uns sacinhos de alfazema para oferecer... no meu casamento! Sabes se basta secar a alfazema (raminhos) e colocar em saquinhos, ou terá de passar por um processo mais complexo? obrigado, sónia
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