O Cestrum nocturnum, mais conhecido por dama-da-noite é um arbusto que pode atingir os 4 metros, com ramos sinuosos e pendentes e umas modestas florzinhas ligeiramente campanuladas de cor branco-esverdeado formando pequenos cachos. A modéstia das flores é apenas aparente porque ao fechar a tarde e durante toda a noite, as florzinhas abrem e deixam sair um perfume doce e muito intenso.
Conhecemos esta planta há muitos anos, numas férias passadas em Altura-Algarve no jardim da moradia que alugámos. De dia não se dava por ela, mas quando começava a noite, o aroma entrava sorrateiramente pela janela aberta do quarto onde dormíamos e quando nos apercebíamos já estávamos envoltos num perfume denso que nos despertava do sono e da moleza do corpo.
A proprietária da casa ofereceu-nos várias estacas e uma delas desenvolveu-se no nosso pequeno jardim de S. Pedro do Estoril. Cresceu imenso e era sempre com um enorme prazer que sentíamos o seu perfume avançar lentamente, invadindo todo o espaço envolvente nas quentes noites de verão
Mais tarde espetei várias estacas aqui na quinta mas sem nenhum sucesso.
No Verão passado ao vê-la num horto algarvio, trouxe-a envasada. com este ar saudável e com as flores abertas revelando imediatamente que o dia tinha chegado ao fim.
Conhecemos esta planta há muitos anos, numas férias passadas em Altura-Algarve no jardim da moradia que alugámos. De dia não se dava por ela, mas quando começava a noite, o aroma entrava sorrateiramente pela janela aberta do quarto onde dormíamos e quando nos apercebíamos já estávamos envoltos num perfume denso que nos despertava do sono e da moleza do corpo.
A proprietária da casa ofereceu-nos várias estacas e uma delas desenvolveu-se no nosso pequeno jardim de S. Pedro do Estoril. Cresceu imenso e era sempre com um enorme prazer que sentíamos o seu perfume avançar lentamente, invadindo todo o espaço envolvente nas quentes noites de verão
Mais tarde espetei várias estacas aqui na quinta mas sem nenhum sucesso.
No Verão passado ao vê-la num horto algarvio, trouxe-a envasada. com este ar saudável e com as flores abertas revelando imediatamente que o dia tinha chegado ao fim.
Manteve-se assim bonita até chegar o Inverno. Mas o frio atingiu valores tais nesta zona que a pobrezinha preparada para os climas tropicais de onde é originária, acabou por “melar” - ainda que recolhida - e ficou entre a vida e a morte. Agora está a dar sinais de querer recuperar.
Muito recentemente é que soubemos que não aguenta temperaturas inferiores a 5º e neste Inverno descemos muito abaixo dos 0º. Teremos que pensar numa forma de a proteger futuramente.
O facto de só libertar o perfume à noite, não é por se preocupar em criar ambientes sensuais nos quartos de cada um, mas sim para atrair os seus insectos polinizadores que por sinal são nocturnos.
Há muitas pessoas que não apreciam o aroma forte e doce da dama-da-noite, provocando-lhes até dores de cabeça. Felizmente não é o nosso caso.
As folhas secas em infusão são usadas para combater a epilepsia mas é preciso ter muito cuidado porque é uma planta altamente tóxica, podendo provocar náuseas, vómitos, alucinações, distúrbios do comportamento, etc
O óleo essencial extraído das suas flores é usado para manter o vigor sexual.
Fizemos uma série de pesquisas ao lermos algures que os antigos costumavam ofertar a dama-da-noite nas homenagens a Vénus mas não conseguimos obter mais informações sobre o assunto.
A palavra perfume deriva do latim “per fumum” que significa “pelo fumo” ou “através do fumo”.
O perfumar seria um acto religioso em que através da combustão de madeiras e de plantas odoríferas, os pedidos e orações subiriam com o fumo até à morada dos deuses.
Mais tarde alguns aromas serviriam para purificar, afastando os demónios e só muito mais tarde é que foram usados de uma forma profana como meio de sedução ou de embelezamento.
Achámos este tema de tal maneira interessante que em breve voltaremos a ele para falarmos sobre os vários processos de recolha de substâncias odoríferas, suas aplicações e a preferência de determinados aromas no evoluir da História.