Começamos por vos apresentar os novos residentes:
A Camila, uma Serra-da-Estrela bébé no dia em que a deixaram aqui

Ficámos muito preocupados porque sempre ouvimos dizer que são cães com um feitio muito independente e um bocado teimosos, sendo uma dor de cabeça durante a aprendizagem. Mas como é a primeira vez que convivemos com esta raça, vamos a ver o que nos sai na rifa :))
Na foto abaixo, agora com 3 meses já se consegue ver a sua preocupação em fazer uma boa guarda. Daqui a pouco tempo vai passar a dormir com o rebanho para se tornar numa protectora das ovelhas e principalmente dos borregos
O outro novo residente é o Tobias, um faisão prateado que tem o pomposo nome cientifico de Nycthemerus argentatus. Dizem que em cativeiro pode viver até 20 anos.

O Tobias quando está enervado ataca o tratador que já entra à defesa por saber que ele investe voando e com as patas para a frente. Mas o que mais nos diverte é um dos seus sons que consiste num gargalhar baixo e continuado que mais parece estar a gozar com todos nós
Aqui vai uma outra foto para mostrar a sua cabeça com um penteado todo moderno:
E por último o casal Afónico, sempre sorridente, de feitio calmo mas preocupados com a nova postura de Primavera, seguida de choco e evitando problemas com os gansos seus companheiros conhecidos pelo mau-feitio nesta altura do ano.
Depois de fazer esta necessária apresentação, vamos falar sobre a evolução de um dos presentes do Pai Natal:
Este ano fomos surpreendidos com 3 ofertas para produzirmos cogumelos comestíveis:
A primeira tratava-se de um saco coberto de plástico com a indicação de não lhe mexermos e apenas esperar que os cogumelos aparecessem. Passados poucos dias, apareceram 4 formações pequenas que cresciam visivelmente todos os dias até ficarem com este aspecto

São os Repolga - Pleurotus ostreatus que embora já devesssem ter sido colhidos antes de chegar a este ponto, poucas horas depois já estavam no prato...
... por terem sido passados num pouco de azeite onde se fritaram uns dentes de alho, acompanhados por couves-de Bruxelas salteadas e azeitonas da quinta. Falta o toque de cor da betterraba crua ralada, também temperada com um fio de azeite, alho picado e sumo de limão.
Como todos já sabem, o nosso contacto com cogumelos limita-se aos de lata ou congelados. Mas podem crer que foi uma enorme e agradável surpresa saborear o paladar destes (destas?) repolgas.
Ainda temos outro saco para fazer uma mistura e experimentar ter cogumelos em canteiros e ainda um outro tipo de cultivo que depois vamos fotografar os vários passos e que consiste em fazer vários furos com determinadas espessuras em troncos de carvalho e introduzir uma espécie de "buchas" cheias de esporos que são enfiadas nesses orifícios e depois esperar uns meses até aparecerem os cogumelos que neste caso serão os Flammulina velutipes e os Shitake, qualquer deles assustadores só de olhar para as fotos :))
E por último vou falar de uma tarefa que neste caso foi de minha autoria para aproveitar os dias de chuva. Estava perante uns sacos cheios de peúgas a já não merecerem o tempo que seria necessário para cobrir os inúmeros buracos com linhas que os disfarçassem. Poderia simplesmente agarrar naquilo tudo e enviar para o lixo mas de repente ocorreu-me uma forma divertida de reciclar.
Com uma tesoura abri a peúga de alto a baixo dos dois lados, formando uma tira comprida, estreita e só com uma face e depois dei um ponto ou dois para a ligar à meia seguinte também aberta e assim fui fazendo um longo “fio” de meias que fui enrolando, e passado pouco tempo já fazia tiras de camisas velhas e outros trapos:
A seguir imaginei que os meus dedos fariam o trabalho de uma agulha grande de crochet e fui passando o “fio” como se se tratasse de uma renda gigante. Ficou um tapete engraçado:

E fiz mais uma série deles, rectangulares e ovais que pus nas camas dos meus cães. Ficam pesados e a maior vantagem que têm é quando nos cansarmos deles poder dar-lhes sumiço e fazer outros novos. O trabalho mais aborrecido é abrir as peúgas e ligá-las porque depois o tapete faz-se num abrir e fechar de olhos.
E vamos terminar prometendo publicar outro post em breve.
Um abraço e um muito obrigado a todos os amigos que nos escreveram preocupados com o nosso silêncio