2008-09-13

Pondo a conversa em dia

Depois de termos passado um Verão quase sem virmos actualizar o blogue, hoje, a minutos de partirmos para umas curtas férias, passámos por aqui para darmos uma ideia muito pálida do que foram estes últimos meses.

Apanhar os tremoceiros:



Pô-los a secar

.. e depois malhá-los (não temos fotos).

Cortar e armazenar a flor das alfazemas:


Apanhar fruta e fazer réstias com as cebolas:
Nesta foto também se vê a batata coberta com folhas de eucalipto para a proteger da traça. Preferimos este procedimento que nos tem dado bons resultados, em vez de a polvilharmos com produtos químicos para o mesmo efeito

Acompanhar o nascimento dos pintos na chocadeira:


Distribuir uma série de armadilhas para moscas feitas com garrafões com água de demolhar e de cozer o bacalhau, servindo também qualquer outra água com cheiro forte a peixe ou carne:
Consegue-se ver a quantidade enorme de moscas capturadas e afogadas no líquido.

Construir finalmente um pequeno lago para satisfação dos gansos:


Fazer a cresta do mel:


Desopercular - que é cortar as tampinhas dos favos com uma faca para o mel poder sair na centrifugação:


Centrifugar:
Não fiquem preocupados porque não fizemos exploração infantil. Os garotos estão apenas a aprender como trabalhar o mel :))

Aqui vê-se o interior do centrifugador e o mel a juntar-se no fundo:


Filtrar:


Meter as ceras cortadas numa prensa para serem espremidas e aproveitar assim mais um pouco de mel.

Depois teve que se filtrar também este mel

Tivemos que inventar uma série de engenhos para afugentar os corvos que estavam a deixar as maçarocas do milho neste estado:


E começou-se por pendurar garrafas de plásticos e Cd's inutilizados para faiscarem com o sol:


Mas também ligar vários aparelhos de rádio em postos diferentes e ligados a temporizadores, para os assustar com as vozes dos locutores :)) Esta técnica pareceu-nos a mais eficaz:




E não falámos do malhar das flores de girassol, nem da desfolhada, nem dos almoços e jantares que fizemos aqui com os nossos amigos, nem do desgosto pela morte da nossa pavoa apanhada por uma raposa... e tantas coisas que ficaram aqui por dizer e por mostrar

Como sempre as imensas alegrias e alguns desgostos que esta quinta nos tem oferecido.

Mas agora vamos descansar uns dias. Bem merecemos
Até breve

2008-09-02

Se é sensível... não leia

No mês de Agosto gostamos de fazer várias festas (entenda-se por festa a apresentação na mesa da maior variedade possível de confecções culinárias utilizando o mesmo ingrediente) como a do pepino (que este ano ficou todo queimado do sol), a do feijão verde, a da maçã (que este ano foi quase inexistente), da melancia (que nem sabemos o que fazer com tanta quantidade) e outras.
Acontece que o trabalho foi tanto e as pessoas que nos visitaram este ano também foram tantas que nem tivemos tempo para andar na recolha de novas receitas. Mas ainda fizemos algumas experiências culinárias que em breve partilharemos convosco.

Como há uma série de tempo que não publicamos nada de novo, resolvemos contar por imagens, a mais recente intervenção cirúrgica.

Um dos nossos jovens carecas (ou pelados como se diz aqui na zona) surgiu de manhã com este aspecto horrível. Tinha o papo aberto vendo-se a comida no seu interior e que ia deixando cair, ao caminhar. Não conseguimos perceber o que teria motivado um rasgão tão profundo mas talvez tivesse sido atacado por uma ratazana durante a noite.

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O caseiro viu o caso tão mal parado que pegou nele para lhe torcer o pescoço e pôr fim àquele sofrimento. Ao avaliar o seu peso, comentou connosco que o galito estava tão magrote que nem sequer dava para fazer uma boa canja.

E foi aí que nos ocorreu mais uma vez aquela velha frase “De médico e de louco, todos temos um pouco” e correndo o risco de nos acusarem do crime de alveitar, decidimo-nos pela cirurgia.

Improvisámos uma mesa de trabalho, munimo-nos de água oxigenada, betadine, terramicina em spray, e… de agulha e linha, claro.

Primeiro era preciso coser o papo propriamente dito

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... e depois a pele exterior

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Por fim aqui vemos o galito que se portou como um valente mas ainda um pouco combalido uma vez que não houve anestesia nem geral, nem local


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No dia seguinte já estava com este aspecto e bem esperto a olhar para o repórter, enquanto o Nuno, escolhido de entre os outros meninos por ter movimentos muito calmos, lhe tornava a pôr mais terramicina para não haver problemas de infecção


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E agora corre feliz da vida na brincadeira com os outros galináceos… adiando-se a tal prometida canja.