Se algum de vós ainda tem a ideia de que viver no campo é mais saudável, evita o stress e é mais económico, desiluda-se porque não há nada de mais erróneo, pelo menos quando também se convive com animais de estimação.
Para entenderem melhor a razão de ser desta afirmação, iremos vos pôr ao corrente do que tem acontecido aqui na quinta de há 2 meses a esta parte:
A nossa pneumonia desapareceu para dar lugar a uma gripe que teimosamente não nos abandona, deixando-nos fatigados, tensos e sem disposição para nada. Pensamos que a responsabilidade cabe a estas súbitas mudanças climatéricas.
Entretanto, a potra, filha da Joaninha, morreu no dia seguinte ao seu nascimento. Aqui a vemos umas 5 horas depois de vir ao mundo. Só então é que se conseguiu pôr de pé, o que já indiciava que alguma coisa não estava a ir bem. Nas primeiras horas teve que ser amamentada a biberão com leite ordenhado da mãe até conseguir manter-se de pé. Foi examinada pelo veterinário que não gostou muito da lentidão de todo este processo. Só à noitinha é que conseguiu orientar-se para mamar directamente das tetas. Mas, de qualquer forma, a morte no dia seguinte apanhou-nos completamente desprevenidos. Foi o caseiro que nos avisou, lavado em lágrimas, e ainda assistimos aos últimos momentos do animal tentando evitar o inevitável.
Para entenderem melhor a razão de ser desta afirmação, iremos vos pôr ao corrente do que tem acontecido aqui na quinta de há 2 meses a esta parte:
A nossa pneumonia desapareceu para dar lugar a uma gripe que teimosamente não nos abandona, deixando-nos fatigados, tensos e sem disposição para nada. Pensamos que a responsabilidade cabe a estas súbitas mudanças climatéricas.
Entretanto, a potra, filha da Joaninha, morreu no dia seguinte ao seu nascimento. Aqui a vemos umas 5 horas depois de vir ao mundo. Só então é que se conseguiu pôr de pé, o que já indiciava que alguma coisa não estava a ir bem. Nas primeiras horas teve que ser amamentada a biberão com leite ordenhado da mãe até conseguir manter-se de pé. Foi examinada pelo veterinário que não gostou muito da lentidão de todo este processo. Só à noitinha é que conseguiu orientar-se para mamar directamente das tetas. Mas, de qualquer forma, a morte no dia seguinte apanhou-nos completamente desprevenidos. Foi o caseiro que nos avisou, lavado em lágrimas, e ainda assistimos aos últimos momentos do animal tentando evitar o inevitável.
… quase de seguida, a morte súbita do Tomás, o pavão. Reparámos que fazia muito ruído e que estava numa aflição para respirar. Ainda abrimos o bico para ver se teria a traqueia obstruída, o que não era o caso. Como estávamos de partida para o veterinário, aproveitámos e também o preparámos para ser visto. Mas, ainda nem tínhamos saído da quinta e já o levávamos morto. Pedimos uma autópsia e a causa da morte teria sido uma septicemia, coisa quase inacreditável uma vez que o bicho andava esperto e a comer normalmente.
… entretanto o Odin, um dos nossos cães castro-laboreiros, apareceu com um fiozinho de sangue a sair de uma narina e que teimava em não parar. Fizeram-lhe testes para a leishmaniose (provocada por um mosquito) e para a erliquia (provocada por uma carraça) e o resultado foi positivo para ambas. A primeira não tem cura e é extremamente grave por interferir com o sistema imunitário e não sabemos se será a responsável pelo hipo-tiroidismo que somou agora ao seu quadro clínico, tendo dores no corpo e descontrole muscular o que faz com que tenha um caminhar trémulo e sofrido. Estamos a tentar tudo por tudo para melhorar os sintomas e darmos uma vida ao animal com alguma qualidade.
Quando os problemas aparecem sucessivamente, não nos dando tempo para recuperar, damos connosco a pensar se vale a pena continuarmos a insistir numa vida que nos dá tanto desgaste físico, emocional e financeiro.
Este post esteve para não ser feito, tal era o desconforto que sentíamos ao escrevê-lo. Mas não é justo falar-vos só das coisas boas ou curiosas que acontecem neste espaço. As nuvens negras também pairam muitas vezes sobre nós.
Mas como continuamos aqui de pedra e cal, depois deste desabafo de quem sente a vida na sua plenitude, vamos continuar o caminho escolhido.
Ora bem, Mariana a pavoa viúva, acabou também por adoecer com uma coriza e uma manhã vimo-la com este aspecto assustador
Telefonámos a um dos nossos amigos veterinários que aconselhou a operação, dando-nos as necessárias orientações. Respirámos fundo, com aquela sensação já conhecida do que tem que ser tem muita força, pedimos ajuda ao caseiro e metemos mão à obra com direito a reportagem fotográfica para vos mostrar (e também ao médico) a qualidade do nosso trabalho.
E depois da cirurgia, a paciente Mariana ficou com este belíssimo aspecto:
Dias depois tornou a piorar. Deixou de comer, caminhava tropegamente, com as asas a arrastarem no chão, inchou-lhe a mesma face e tivemos que a submeter de novo à operação. Agora duas vezes por dia metemos-lhe bolinhas de ração com umas gotas de antibiótico pelo bico abaixo e limpamos o interior da face com betadine para ir sarando de dentro para fora. Passou a ficar dentro da capoeira onde recolhem as galinhas por ser um local mais aquecido. Vamos a ver se tem melhor sorte que os outros. Para já, está com óptimo aspecto, mais forte, voando para se empoleirar mais alto que as companheiras.
A Joaninha também recebeu de novo a visita do namorado e se estiver prenha (o que saberemos depois da próxima ecografia), daqui a um ano terá de novo um filhote
E assim, mesmo com todos estes desgostos e desilusões continuamos o nosso trabalho, partilhando convosco os bons e maus momentos. Obrigada pela companhia tão amiga com que nos têm brindado